Por esta altura já é do conhecimento da maioria dos apostadores online que o SRIJ é responsável pela emissão das licenças que legalizam os portais de jogo no nosso país. Mas essa não é a única função da entidade pois a cada trimestre são publicados no site os relatórios correspondentes ao período anterior. Além de darem indicadores sobre o desenvolvimento deste ramo, os relatórios do SRIJ também refletem a realidade nacional e permitem tirar conclusões sobre as duas vertentes que fazem parte do jogo online: apostas desportivas à cota e jogos de fortuna e azar, que são os casinos e póquer. Vejamos alguns dos resultados.
Avanços e recuos nas receitas em relação a 2017
Comparativamente com o período homólogo de 2017, as receitas totais dos jogos e apostas online aumentaram cerca de 2,5 milhões de euros, alcançando assim a marca total dos 33,8 milhões de euros. Isto é facilmente compreendido pela legalização de novos operadores, pois durante o período analisado existiam cinco portais a oferecer apostas desportivas e outros sete dedicados aos casinos online, mais do dobro do que nos primeiros três meses de 2017. Porém, em relação ao quarto trimestre do ano passado a receita bruta reduziu-se em 2,7 milhões de euros, o que significa que este foi o período mais lucrativo. A tributação do IEJO (Imposto Especial do Jogo Online) apresentou resultados semelhantes, tendo vindo a cair desde o segundo semestre de 2017.
Dividindo as receitas pelos seus sectores, curiosamente as apostas desportivas renderam justamente o mesmo valor que em igual período do ano passado (17,4 milhões de euros), quase menos três milhões que no final de 2017. Janeiro foi o mês mais lucrativo dos três. Em sentido inverso estão os casinos online que registaram a maior receita bruta de sempre, com 16,4 milhões de euros, numa média mensal de 5,5 milhões. Tal receita tem vindo a aumentar desde o segundo trimestre do ano passado e superou mesmo o registo de 13,9 milhões de euros do início de 2017.
Em termos de jogadores, até 31 de março de 2018 eram 890 mil os que estavam registados, sendo que o número é um pouco relativo pois um ou mais jogadores podem ter conta em vários portais. Não obstante, mesmo com o lançamento de novas entidades exploradoras foram menos 22,6 mil os novos jogadores em relação a igual período de 2017. A faixa etária e a distribuição geográfica dos jogadores mantiveram-se inalteradas, pelo que continuam a ser maioritariamente os jovens entre os 25 e os 34 anos residentes no Porto, em Lisboa e em Braga a tomar parte no jogo online.
Futebol e slot machines
Portugal é um país de futebol e por isso foi novamente este o desporto que mais receitas gerou, representando três quartos do volume total de apostas desportivas. Por competição, a Liga NOS representou 14,7% do valor total de apostas efetuadas na modalidade, seguida da liga espanhola com 8,6% e da liga inglesa com 5,4%. No que toca às outras modalidades, o basquetebol e o ténis foram a segunda e terceira modalidade com maior volume de apostas, sendo a NBA e os torneios Open de Miami, Open da Austrália e Open de Indian Wells os que contabilizaram mais apostas. Destaque ainda para o hóquei no gelo, que neste trimestre representou 3% do volume de apostas total.
No que aos casinos online diz respeito, tal como nos períodos anteriores as slot machines mantiveram a sua popularidade e geraram mais de metade (55,73%) do volume total de receitas deste setor. A roleta francesa surge em segundo lugar com 16,10% e o póquer não bancado em terceiro com 14,01%.
Não deixe de consultar o documento na integra para ficar a par de todos os detalhes.